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Entenda a diferença entre Imagem, Identidade e Memória Institucional

Por: Eliana Rezende Bethancourt

Alguma vez parou para pensar o que são: Imagem, Identidade e Memória Institucionais? E, como esse entendimento pode alavancar o ROI (Retorno Sobre Investimento) e a produtividade da sua instituição, ao mesmo tempo que a Cultura e Identidade Organizacional ficam ainda mais fortes?

Várias definições são possíveis, mas escolho aquelas que auxiliam numa síntese:

Se tomarmos a definição que os dicionários dão, Imagem seria o “aspecto particular pelo qual um ser ou um objeto é percebido“.
Imagem aplicada ao universo institucional seria a forma como as pessoas veem e/ou percebem a organização e tem como característica principal ser intangível. A Imagem é, portanto, subjetiva, exterior à organização.
A Imagem possui um sentido que lhe é exterior: projeta-se ao olhar externo.
É também a forma como a instituição se mostra publicamente, e pode ser vista nas suas escolhas de ‘logotipos’, marcas, rótulos, serviços, folhetos, uniformes e até produtos, entre outras coisas.
É sua exteriorização, exposta como em uma vitrine para consumo externo.
Em síntese: é todo seu patrimônio visual dado como informação para que o público forme sua opinião a respeito dela.

A Identidade é, segundo os mesmos dicionários o “conjunto de características que distinguem uma pessoa ou uma coisa e por meio das quais é possível individualizá-la“. Aplicado ao universo institucional é aquilo que individualiza e torna única uma organização.
Identidade é o que de fato a organização é e faz, é tangível neste sentido.
A Identidade é a essência da instituição. É o que ela é. Nem sempre se projeta na forma de produtos, mas é o que serve de base para suas linhas de ação, objetivos, missão, valores.

Imagem e Identidade podem confundir-se já que uma mesma empresa com sua identidade pode ter aos olhos do público diferentes imagens. Um exemplo muito interessante pode ser uma empresa fabricante de cigarros que possui uma mesma estrutura (identidade), entretanto, possui diferentes imagens se observada por diferentes públicos: fumantes, não fumantes e organizações anti-tabagismo. O mercado está repleto de exemplos de empresas que sofrerão influências positivas ou negativas de acordo como diferentes públicos as vejam e percebam.

Podemos portanto, afirmar que a existência de uma instituição se dá pelo tripé: o que diz sobre si, o que faz e o que outros dizem e/ou acham dela. Desta forma, as instituições possuem uma complexidade dada por aspectos tangíveis e intangíveis, objetivos e subjetivos, exteriores e interiores, construídos e constituídos. O sucesso em conseguir ter e manter uma boa imagem dependerá em grande parte da capacidade de ter e manter uma profunda identidade vincada a partir de sua essência. Sem ela, não se configurará como tendo força suficiente para imprimir uma marca na Cultura Organizacional.
Estará suscetível a ver, na passagem do Tempo, seu esfacelamento ou seu total desvirtuamento.

Mas, e a Memória Institucional?
A Memória Institucional é a forma como a instituição se vê e se projeta, só que no Tempo (ou seja, através de sua História). Diferente de Imagem e Identidade que estão sempre muito focadas no tempo presente.
A partir de uma Identidade bem vincada, a Memória Institucional se alternará com o Tempo e se modificará a partir de demandas do presente, exigências do futuro e das relações desta instituição com seu meio social, cultural, político, econômico. A gama de todas estas variáveis é dada pelo que chamamos de Cultura Organizacional. Algo profundo que permeia ações, modos de estar e se relacionar.

A Cultura Organizacional inclui as expectativas da organização, suas experiências, sua filosofia e os valores que a mantém unida, e é expressa na sua autoimagem, seu funcionamento interno, as interações com o mundo exterior, e suas expectativas futuras. É única para cada organização. E exatamente por esta exclusividade específica é uma das coisas mais difíceis de se alterar e/ou modificar. Mas é absolutamente possível cultivá-la, exatamente pela valorização de seu Patrimônio Cultural, Intelectual e Documental. E devido a isso, dependerá em grande parte de uma sensibilidade e inteligência histórica por parte dos seus gestores. Será tal inteligência que fará com que saibam dar o devido valor para a identidade que a sua instituição tem e de que forma sua preocupação em investir em sua Memória Institucional e Cultura Organizacional será fundamental para garantir que a instituição vença o Tempo e permaneça.

Desta forma, toda a produção institucional, na forma de documentos, informações, ativos, equipamentos, tecnologias que ajudam a vincar e fortalecer esta Identidade e Cultura Organizacional, são o que chamamos Patrimônio Institucional. Ainda podem ser incluídos nesta conta o Patrimônio Intelectual, formado por pessoas que através de suas ações e trabalhos ajudaram a construir e constituir a Identidade Institucional.

Mas cuidado: Memória Institucional não se resume à memória de guarda documental ou coleção de curiosidades e historias peculiares. Acreditar e praticar isso significa absolutamente não compreender o que seja este trabalho que necessita e muito do diálogo interdisciplinar e com práticas metodológicas muito específicas. Não há receitas prontas e usar fórmulas de terceiros não trará o que de fato se espera de todo este trabalho.
É preciso cuidado e muito rigor teórico e metodológico de áreas interdisciplinares (História, Arquivologia, Patrimônio, Gestão de Conhecimento, Comunicação, Relações Institucionais, Psicologia, Antropologia, Administração, entre outras) como demonstrei acima e em diferentes artigos.

Como fortalecer a Identidade Institucional ao mesmo tempo em que se preserva a Memória Institucional?

Fortalecer a Identidade Institucional por meio de um Projeto de Memória significa fixar, divulgar e preservar a História da instituição ao mesmo tempo em que se reúne, organiza e disponibilizam fontes e informações contidas em seus documentos, armazenados em diferentes suportes (fotografias, filmes, áudios, textos, mesmo seus produtos, entre outros).

Neste sentido, quando falamos em Memória Institucional estamos falando de um conjunto de experiências que, reunidas, dão a dimensão e os contornos da evolução da instituição no tempo e no espaço.
É a História viva que se constitui dia-a-dia.

A quem serve um Projeto de Memória Institucional?

A todas as instituições que, além de possuir um acervo documental de referência e memória, reconheçam seu potencial de fortalecer a identidade institucional, valorizar o capital intelectual e consolidar a cultura organizacional.
Sendo por isso importante veículo de comunicação corporativa para os públicos interno e externo.
Mais do que isso: um projeto assim construído e com tais perspectivas assegurará que a Instituição imprima indelevelmente sua marca na sociedade onde está inserida e possa ser referência em seus campos de atuação.

Ações de um Projeto de Memória Institucional e como a ER Consultoria pode auxiliá-lo:

  • Como pensar e estruturar um Projeto de Memória Institucional
  • Definir quais caminhos seguir
  • Como ir além da simples “perfumaria” (meras exposições, linhas de tempo e livros comemorativos)
  • Como utilizar as metodologias de Storytelling e História Oral
  • Como através de um Projeto de Memória divulgar e fortalecer a imagem corporativa/institucional
  • De que forma o Projeto de Memória Institucional pode valorizar o Capital Intelectual, podendo gerar Conhecimento e Inovação

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Trilhas de Aprendizagem como Rotas para Conhecimento

Por: Eliana Rezende Bethancourt

Em um mundo feito de bits, imagens, dados e muita informação, muitas vezes, ficamos com a sensação de que estamos perdendo tempo e importância das coisas. Meu papel é ajudá-lo a não ser tragado por tudo e, simplesmente, definir o que é importante, porque, para quê e com quais objetivos.

ER Consultoria oferece a seus clientes soluções que visam atender todas as suas demandas em relação ao trato de informação. Quer através de Cursos e Capacitações In Company ou por meio de desenvolvimento (implantação e implementação) de Projetos específicos, nas áreas de Gestão de Informação, Gestão de Conhecimento, Memória Institucional e Implantação de Centros de Documentação e Memória.

Pensando nisso, e no quanto a experiência em rede pode ser uma excelente oportunidade de troca e aperfeiçoamento profissional, criamos o conceito de “Trilhas de Aprendizagem” para realização de cursos In Company e que estão diretamente ligadas às áreas de Informação, Gestão de Conhecimento, Responsabilidade Histórica e Memória Institucional.

O formato de trilha visa facilitar os caminhos de aprendizagem para que cada instituição escolha os temas que mais lhe dizem respeito e de acordo com suas necessidades e escopo de Projetos ou Ações..

Na ER Consultoria, chamamos de Rotas para Conhecimento o cruzamento de nossas Trilhas de Aprendizagem Principais e Trilhas Alternativas de Aprendizagem.

As Trilhas são uma incrível oportunidade de flexibilização de temas que servem ao aperfeiçoamento e capacitação aos profissionais de Informação, Gestão de Conhecimento, Memória Institucional e Patrimônio Cultural/Documental.

Aqui, você acessa as Trilhas de Aprendizagem Principal, com temas voltados à Gestão Documental, Curadoria de Conteúdos, Preservação Digital, Implantação de Centros de Documentação, Elaboração de Projetos de Memória, entre outros.

Nas Trilhas de Aprendizagem você encontra cursos que embasam toda uma linha de atuação ao universo institucional e que envolvem o trabalho de trato da Informação com vistas à produção de Conhecimento e fortalecimento de Identidade e Cultura Organizacional.

Conheça também alguns cursos que estão em nossa grade de Trilha de Alternativas de Aprendizagem:

▪ Oficinas de Preservação e Conservação de Materiais Fotográficos (fotografias, slides e negativos de vidro e celulose). Considerados como documentação histórica, possuem valor permanente e constituem patrimônio documental das instituições possuidoras. Os materiais fotográficos necessitam de armazenamento em condições adequadas para sua preservação. As oficinas de preservação e conservação auxiliam com técnicas especificas para higienização, guarda e indexação destes materiais.

▪ Divulgação de Acervos Públicos e Privados: possibilidades e potencialidades – Como aplicar, de forma otimizada, as diferentes ferramentas de divulgação, em especial as da web 2.0.

▪ Gestão Documental para Racionalidade e Transparência Administrativa – O curso pretende discutir como a racionalização aplicada à gestão arquivística pode gerar benefícios não apenas imediatos de atender demandas de clientes (internos/externos) que procurem dados para prova, e como elemento essencial para a constituição de uma memória e identidade institucional e social.

▪ Boas Práticas de Preservação e Conservação de Patrimônio Cultural e Documental – Identificar as práticas essenciais para a manutenção de acervos em diferentes suportes de acordo com normas que respeitem a integridade física dos documentos.

▪ Normas e Procedimentos de Sigilo e Acesso à Informação – Permitir o acesso seguro à informação contida em documentos físicos e digitais preocupa as instituições públicas e privadas em razão do grande volume de documentos gerado.

As trilhas são compostas por cursos customizados para necessidades institucionais e são ministrado no formato webconferência ao vivo In Company. Não temos condições de ministrar cursos para pessoas individuais dada as dificuldades de conciliação de agendas.

Por exemplo:

* Sua instituição se angustia com o volume cada vez maior de imagens fotográficas que são produzidas? Possui dificuldades em sua localização? E as fotografias em suportes de papel ou vidro? Estão armazenadas adequadamente? Como fazê-las durar para a posteridade?

* O que é preservação digital, e como ela se aplica ao seu universo institucional?

* Para que serve e como se faz uma avaliação de documentos?

* Como implantar um Centro de Documentação e/ou Memória?

* Como garantir segurança, acesso e preservação à informações contidas em documentos físicos e digitais?

* Quanto tempo preciso guardar os documentos que produzo? Como estabelecer prazos?

A liberdade de escolher sua Trilha de Aprendizagem, determinar datas e os horários de preferência e em qual sequencia de composição de cursos é um dos diferenciais das nossas capacitações. Cada instituição possui demandas próprias, e por isso cada cusro é absolutamente customizado. Conheça os cursos e suas ementas, escolha a sequencia que preferem e se desejar, pode incluir também os cursos das Trilhas Alternativas de Aprendizagem.

Consulte-nos e saiba como compor a Trilha perfeita para sua Instituição.

Como podemos ajudar?

Na ER Consultoria possuímos metodologia própria, conhecimentos testados e experiência prática para o desenvolvimento e a aplicação da Gestão Documental e Memória Institucional em empresas de diferentes segmentos e suas áreas de atuação. Além de podermos orientar e conduzir diferentes projetos que envolvam o trato com documentação, ou a Implantação de Centros de Documentação e/ou Memória.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer

Contatos:

Tel.:  (55.11) 4215-1924 e (55.11) 949.136.046 (WhatsApp)

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Planejamento Estratégico e Responsabilidade Histórica

Por: Eliana Rezende

Existem muitas definições para o quê seja Planejamento Estratégico. Estas variam de acordo com: a área de aplicação, o seu formulador e os objetivos para os quais será criado.
Escolho como definição de trabalho a que diz:

“(…) Planejamento estratégico para nossas necessidades, é um sistema de escolhas sucessivas e hierarquizadas entre alternativas que se prefiguram dentro de um universo de conhecimentos em expansão dirigida, com o propósito de racionalizar e orientar a ação com vistas à consecução de determinados fins – dadas, de um lado, certa disponibilidade estimada de recursos e, de outro, uma série, também estimada, de obstáculos” (Couto e Silva).

Em outras palavras, o Planejamento Estratégico é utilizado como ferramenta onde se pode antecipar tendências, problemas, oportunidades, diagnósticos com o objetivo de encontrar maiores e melhores soluções.
É, entre muitas ferramentas, o meio que os gestores encontram para atingir seus objetivos de forma adequada e satisfatória de acordo com um plano previamente traçado.

No âmbito de atuação no qual a ER Consultoria atua, toda instituição é vista como sendo possuidora de um ciclo de vida próprio, e que com ele há o surgimento de necessidades específicas, que variam de uma organização jovem, para uma organização madura ou para uma secular.
Há que se tentar entender como esta organização se coloca e como impacta e é impactada pelos ecossistemas (tanto contextos internos quanto externos) à sua volta.
Em comum, todas tem que zelar pela qualidade das informações produzidas e as formas como são armazenadas.

Podemos afirmar que as organizações podem ser divididas em pelo menos três ciclos de existência:

  1. Jovem: que coincide com seu momento de surgimento. Definições estratégicas sobre o que é, a quem serve, alcance, âmbito de atuação, e concorrência são fundamentais para dar-lhe um perfil. É neste momento, e sob a ótica da Informação, que a organização necessita estabelecer critérios sobre o quê preservar, para quê e com quê finalidade e que faz parte da principal definição do que seja Gestão Documental nas organizações.
    É neste momento que se precisa determinar tipos de documentos produzidos e armazenados, ambientes físicos ou digitais (onde serão criados, tramitados e armazenados), normas e procedimentos para criação, segurança, sigilo e acesso, bem como determinação de prazos de guarda ou eliminação visando o cumprimento de legislação vigente.
  2. Madura: Uma empresa madura continuará a aplicar as determinações acima descritas, mas deverá se preocupar também com sua imagem institucional e a forma como sua produção documental é armazenada, divulgada e preservada para as gerações futuras. É onde a prática da Responsabilidade Histórica começa a ser uma demanda tão séria como vem sendo hoje em dia a Responsabilidade Social, nas Organizações.
  3. Secular: Para as empresas seculares, o fortalecimento de sua Identidade e Cultura Organizacional se colocam como prioritárias. Além, é claro, do cuidado com seu Patrimônio Cultural/Documental, matéria-prima para continuidade de Produção de Conhecimento e Inovação. Ao mesmo tempo, a Responsabilidade Histórica se consolida como prática e garantia de solidificação de uma imagem junto a `toda uma comunidade’. Essa inter-relação entre Organização e Sociedade se consagra como a forma que a Responsabilidade Histórica se coloca.

Mas afinal, o que é Responsabilidade Histórica nas organizações?
A construção do termo Responsabilidade Histórica nas organizações chega a ser recente e ainda possui um debate, tanto conceitual quanto historiográfico, restrito. Poucos profissionais a abordam. Paulo Nassar, em sua tese de doutorado, em 2006 a menciona,  mas não chegou a se aprofundar conceitualmente para a construção do termo. Na tese o termo surge como título de um tema e se encerra aí.

De forma sintética, e a partir da forma como tomo o termo para os objetivos deste artigo e no âmbito de minha atuação profissional, considero que a Responsabilidade Histórica ocorre quando a organização compreende seu papel histórico para com a sociedade que a cerca e para com as futuras gerações.
Tal comprometimento com o futuro das gerações se refletirá em ações de preservação e conservação de seus patrimônios culturais/documentais, técnicos e de capital intelectual.
Sob a perspectiva de minha atuação esta conscientização se dá quando a organização decide tratar a forma como suas informações são produzidas, tramitadas e armazenadas através de políticas consistentes de Gestão Documental e Memória Institucional, visando o fortalecimento de sua Cultura e Identidade Organizacional através do tempo. Passam neste sentido, longe de ações às quais denomino de “perfumarias” que servem muito mais como ações de marketing e subprodutos como exposições, artigos ou mesmo livros comemorativos. Tais ações NÃO SÃO a Responsabilidade Histórica em si, representam apenas produtos de marketing. Responsabilidade Histórica PRECISA ir além e de forma muito mais consistente e que estar amparadas metodologicamente e estruturalmente em ações inter e trasndisciplinares como citamos acima.

A Responsabilidade Histórica, quando bem compreendida por uma organização, acionará todo um conjunto de boas práticas que reforçarão a Identidade e a Cultura Organizacional e terá amplos reflexos sobre a sociedade à sua volta. Cria-se com isso um ciclo virtuoso onde quanto mais forte as raízes históricas de uma organização, maiores serão suas chances de perpetuar-se no tempo e no espaço.

Independente de sua fase institucional, as empresas demandam por parte de seus gestores uma comunicação estratégica que permita que seus valores sejam facilmente compreendidos pelo público externo (desde clientes até concorrentes) e por seu público interno (funcionários, gestores e fundadores).
Compreender que a organização possui um papel que é social e também histórico, dentro da sociedade, é praticar a Responsabilidade Histórica. O que significa dizer: cuidar, preservar e disponibilizar seu Patrimônio Cultural e Documental, para as futuras gerações.
Ter, esta preocupação garantirá a contínua produção de conhecimento e inovação. Ao mesmo tempo que a História Institucional se fortalece.

Portanto, sob a ótica tomada para este artigo, a Responsabilidade Histórica é um conceito abrangente que comporta todas as demais formas de responsabilidade hoje presentes dentro das organizações, tais como: a social, cultural, jurídica, civil, ética, ambiental, de preservação e retenção do capital intelectual nas organizações, entre outras. Daí a necessidade de integrar-se como uma política (no sentido de continuidade) dentro da organização e ser planejada estrategicamente para atingir seus fins.

Se a organização de fato se preocupar com sua permanência no tempo e a forma como responderá as demandas da sociedade à sua volta, será imprescindível um planejamento estratégico que tome em conta seu papel histórico e a imagem que procurou vincar no Tempo.

É bom que se faça a distinção entre Imagem e Identidade organizacional.
A Imagem é  como as pessoas vêem e/ou percebem a organização e tem como característica principal ser intangível. A Imagem é, portanto, subjetiva, exterior à organização.
A Identidade por outro lado, é o que de fato a organização é e faz, é tangível. Podemos afirmar que sua existência se dá pelo tripé: o que diz, o que faz e o que dizem e acham dela.

Ações de Planejamento Estratégico com uma visão de Responsabilidade Histórica será sempre um trabalho interdisciplinar e deverá ser pensado como Comunicação Organizacional, já que produtos e subprodutos servirão às áreas de Publicidade, Marketing, Relações Institucionais, Recursos Humanos, entre outros.

Cabe ressaltar que toda a produção envolvendo ações de Responsabilidade Histórica, como: exposições itinerantes e/ou permanentes, tanto de imagens quanto de objetos museológicos, produção de vídeos, coletas de depoimentos, storytelling ou mesmo a formação de Centros de Documentação e Memória, terão papel fundamental como espaço de produção, manutenção e preservação daquilo que é  Patrimônio Cultural da organização, e também espaço para valorização do Capital Intelectual.

É neste universo que a Memória Institucional se coloca como um elemento fundamental, tanto do Planejamento Estratégico, como na Responsabilidade Histórica das organizações. Somente as empresas que entendam este seu papel, tanto técnico quanto social, cultural e histórico, podem se orgulhar de levar a sério sua Identidade e Cultura Organizacional.
Sem Responsabilidade Histórica, a Cultura e Identidade Organizacional, serão apenas termos esvaziados de sentido.

*  Se sua organização pensa e aceita o compromisso de ter Responsabilidade Histórica, e pensa em elaborar uma ação de Planejamento Estratégico para ter uma boa reputação no futuro, com o fortalecimento de sua Cultura e Identidade, nos contate. Teremos imenso prazer em pensar como realizar um trabalho de Memória Institucional com Responsabilidade Histórica. Ao mesmo tempo, poderemos pensar em formas de zelar por seu Patrimônio Patrimônio Cultural/Documental.
Teremos enorme prazer em pensar numa Solução customizada para as suas demandas, ou para o tratamento técnico documental de acervos documentais e fotográficos e sua preservação e conservação.

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Referências:
BOSI, Ecléa. Lembrança de velhos: memória e sociedade. São Paulo: T. A. Queiroz, 1979.
KUNSCH, Margarida M. Krohling. Planejamento estratégico para a excelência da comunicação. In: KUNSCH, Margarida M. Krohling. Obtendo resultados com relações públicas. 2a. ed. rev. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. p. 33-52.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Unicamp, 2003.
NASSAR, Paulo. Relações Públicas na construção da responsabilidade histórica e no resgate da memória institucional das organizações. São Paulo: Difusão, 2007.
______. Comunicação organizacional e as novas relações públicas. In: DINES, Alberto, NASSAR, Paulo e KUNSCH, Waldemar Luiz (orgs.). Estado, mercado e interesse público: a comunicação e os discursos organizacionais. Brasília: Banco do Brasil, 1999.
REZENDE, Eliana Almeida de Souza.“Um Ensaio de Ego-História” na revista SUSTINERE – Revista de Saúde e Educação da UERJ, 2016.

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O Valor da Gestão Documental para as Empresas

Por: Eliana Rezende Bethancourt & Lionel Bethancourt

Quando falamos em dados, sempre estaremos lidando com números astronômicos. 90% dos dados que há no mundo hoje foram criados nos últimos dois anos e, agora, a cada dois anos, o mundo dobra a taxa em que os dados são produzidos. “Segundo a sexta edição da pesquisa DOMO em 2018, mais de 2,5 quintilhões de bytes são criados todos os dias (domo.com). E, no ano de 2020, estima-se que 1.7MB de informação serão criados a cada segundo, por pessoa, no mundo”.

A verdade é  que estamos vivendo uma revolução no setor de dados. O que impulsiona essa revolução, além da abundância de dados disponíveis atualmente, são as tecnologias fundamentais que alteram a forma com que coletamos, armazenamos, analisamos e transformamos as informações.

Se olharmos de uma perspectiva mundial, as estatísticas ficam realmente interessantes, observe:

  • O IDC estimou que em 2020, as transações comerciais na internet, que incluem B2B and B2C alcançariam US$ 450 bilhões por dia.
  • A Walmart atende mais de 1 milhão de transações de clientes por hora, e elas são importadas a vários bancos de dados que contêm mais de 2.5 Petabytes de informação.
  • No distante ano de 2008, a Google processava 20 Petabytes (20,000Tb) de dados por dia.
  • AT&T tem um banco de dados que com 312 Tb de tamanho, incluindo gravações de 1.9 trilhões de ligações telefônicas.
  • Há 30 bilhões de peças de conteúdo compartilhado no Facebook mensalmente com 2,85 bilhões de usuários.
  • Mais de 100 horas de conteúdo de vídeo são carregadas à YouTube a cada minuto.
  • No ano de 2013, segundo Chris Flores, diretor de comunicação para o Grupo Windows da Microsoft, foram criados 500 bilhões de documentos no Office!
  • Segundo Gil Press (Forbes), de 2010 a 2020, a quantidade de dados criados, capturados, copiados e consumidos no mundo aumentou de 1,2 trilhão de gigabytes para 59 trilhões de gigabytes, um crescimento de quase 5.000%.
  • Segundo a International Data Corporation IDC a taxa composta de crescimento anual (CAGR) de cinco anos até 2024 dos dados criados, capturados, copiados e consumidos no mundo; a quantidade de dados criados nos próximos três anos será maior do que os dados criados nos últimos 30 anos. E não apenas isso. Em 2024, os dados de entretenimento representarão 40% do Global DataSphere e a produtividade / dados incorporados serão 29%, parcialmente paralisados ​​pela dinâmica do COVID-19.
  • Ainda nesta esteira temos a produção massiva de dados por pessoas e empresas por meio de redes móveis e nuvens, quer por trabalho, quer diversão gerando uma massa imensa de dados e informações que compõem ora lixo, ora informação relevante que precisa ser distinguida e usada. O universo de produção de dados audiovisuais com fins de recreação, segurança ou trabalho é uma realidade que aumenta de forma absurda os dados de pessoas e organizações.
  •  Em 2021 já tínhamos mais de 2.29 bilhões de usuários no YouTube que a cada minuto, sobem 500 horas de vídeo distribuídos por cerca de 1 bilhão de canais.
  • O Instagram possui 1,22 bilhões de usuários ativos
  • A presença em redes sociais e perfis digitais acumulam inúmeros dados e é comum empresas e instituições também possuírem tais perfis e não terem o devido cuidado com os mesmos. Lembrando que representam partem substancial do que seja sua Memória Institucional.

Mas a pergunta que todos nos fazemos é: em que ritmo e velocidade produzimos documentos hoje? E ainda: precisaremos deles por quanto tempo?
E ao precisar, encontraremos?
E se, em formato digital, conseguiremos abri-lo?

Sabemos que os dados estão aumentando, mas será que sabemos o que realmente isto significa para nossos negócios? Segundo a Fathom Consultoria, dados pobres custam aos negócios 20-35% da sua renda operacional, com dados ruins custando aos negócios americanos US$ 600 bilhões anualmente.

Em estudo recente patrocinado pela Xerox Corporation, chegou-se a conclusão que:

  • 90% das organizações não têm controle sobre os valores gastos anualmente sobre a produção de processos/tarefas que envolvem documentos;
  • 82% das organizações acreditam que os documentos são essenciais para o sucesso das operações organizacionais;
  • 70% dos executivos afirmam que uma Gestão Documental ineficiente, torna a organização mais lenta, e;
  • 45% do tempo dos executivos é utilizado com documentos (produção, acesso, recuperação, uso, etc.)

Se você está envolvido nas operações de TI na sua organização, pergunte-se:

  • Estamos coletando e armazenando os dados corretamente?
  • Usamos os dados coletados para melhor gerenciar nossos negócios ou dos nossos clientes?
  • Qual nossa confiança em tomar decisões baseadas nestes dados?
  • O que fazem nossos competidores? Lançaram campanhas direcionadas à nossa base de clientes?
  • E por último, mas não menos importante: se vamos conseguir uma vantagem competitiva sobre nossa concorrência e ofertar uma experiência única aos nossos clientes, será que os dados que temos e produzimos nos ajudam neste propósito?

E, se você é produtor-usuário de dados e informações pergunte-se:

  • Para quê serve a Gestão Documental numa empresa?
  • Existe Gestão Documental na nossa empresa?
  • A quem cabe a responsabilidade da Gestão Documental?
  • Como estabelecer políticas de Gestão Documental?
  • Quais são os seus benefícios e retorno?
  • Como definir prazos e locais para guardar informações?
  • Como filtrar, hierarquizar e localizar informações relevantes?
  • Como estabelecer critérios para segurança, sigilo e acesso às informações?
  • Ferramentas e tecnologia resolverão meus problemas de Gestão de Documental?
  • Como identificar o que de fato preciso?
  • Como multiplicar conhecimento a partir de dados e informações nos documentos que produzimos?

Apesar da importância e volume representada pela informação digital ou mesmo mantida em ambientes físicos, existe um amplo desconhecimento do que uma Tabela de Temporalidade Documental (TTD) e um Código de Classificação dos Documentos (CCD) podem fazer por uma documentação a ser gerida. O que acaba acarretando um aumento nos custos operacionais das empresas, afinal despende-se em recursos (humanos, tecnológicos e em espaços) tanto físicos quanto digitais. Guardando documentos além do tempo necessário e perdendo documentos importantes para a tomada de decisões estratégicas. Independente de se possuir ferramentas tecnológicas ou não.
Indo além: acabam ocupando espaços caros com o que, às vezes, não importa e perdendo aqueles que são verdadeiros tesouros de Patrimônio Cultural/Documental, que servem ao fortalecimento da Cultura, Identidade e Memória Institucional.

Gestores que ignoram a Gestão Documental como parte essencial dos processos organizacionais incorrem no erro básico de ingerência. Subaproveitam valor contido nas informações presentes nos documentos sob sua responsabilidade. Cuidar de informações significa cuidar de TODOS os seus suportes (sejam eles físicos ou digitais) e com toda a complexidade que cada um deles representa do ponto de vista de guarda, sigilo e acesso.

A ER Consultoria possui metodologia própria, conhecimentos testados e experiência prática para a aplicação da Gestão Documental e Memória Institucional em empresas de diferentes segmentos e suas áreas de atuação.

Veja nosso Portfólio de Cases   e o que nossos clientes tem a dizer

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* Post revisto e atualizado em Julho/2021

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Memória Institucional: ferramenta de Gestão Estratégica

Por: Eliana Rezende

Para quê um Projeto de Memória Institucional?
Vivemos em um mundo tão voltado para o exterior e para as aparências que imaginar que os anos nos trarão maiores e melhores condições para nos relacionarmos com nossas ideias, parece ser mesmo uma grande vantagem. Uma sociedade que luta constantemente para manter a juventude, lida mal com a passagem do tempo.

Em geral, muitos descobrem, por exemplo, que a escrita ou produção intelectual neste momento da existência encontra poder criativo muito maior e que há agilidade de ideias: a alma liberta-se e todos ganham.

O repertório que trazemos conosco não envelhece jamais.

Estamos sempre recriando e renovando: mesmo que sejam ideias antigas, pois o olhar de hoje carrega outras experiências que no momento anterior não tínhamos. Ter essa perspectiva liberta e mostra que o tempo é mesmo um grande aliado de nossas existências, e que o corpo é apenas um invólucro que carrega nosso verdadeiro tesouro.

Fantástico ter a exata noção de que, tal como um músculo, o cérebro quando exercitado, nunca deixa de responder. E que o tempo, aliado às experiências vividas e experimentadas, podem fornecer conexões muito mais certeiras do que as que ocorrem nos jovens: já que estes contam apenas com o que lhes é extrínseco. Ainda aprenderão a transformar vivências em experiência.

São de fato, os artifícios que o tempo e a existência nos oferecem e brindam.

Importante pensar o tempo não como um caminho de perdas!
Pode e deve ser um caminho de transcendência, já que maduros deixamos as inseguranças e inexperiências próprias da juventude para trás. Ganhamos a possibilidade de aliarmos experiência com ação.
E isso, cá entre nós, é o caminho para alargamento do espírito!

A passagem do tempo pode fazer muito mais do que trazer linhas de expressão: vinca a alma e nos talha. Lapida-nos para melhorar. É neste contexto que a Memória Institucional colabora com as organizações: colhe os frutos maduros desenvolvidos no decurso dos anos.

É isso que as instituições precisam e devem perceber.
Nossa sociedade está envelhecendo e manter-se-á por muito mais tempo em período de maturidade do que o seu contrário. Vale a pena redimensionar conceitos e valores. Só assim este benefício se estenderá a pessoas, organizações e comunidades.

Memória Institucional como caminho para fortalecer Identidade e Cultura Organizacional
A necessidade de abordar este tema se dá porque recentemente muitas empresas começaram a investir em suas memórias institucionais e rapidamente encantaram-se por projetos que, muitas vezes, deixam de ter a visão e a perspectiva adequada. Ou seja, que relacionem a instituição ao seu tempo, ao seu meio social e cultural, mais do que apenas produtos de marketing.

Memória Institucional é um trabalho interdisciplinar.
A interdisciplinaridade, neste caso, é necessária para não resumir a Memória Institucional à coleta de depoimentos, uma Linha de Tempo, um livro ou uma exposição.

Depoimentos e Linhas de Tempo são ferramentas, mas não resumem todo um projeto. Tomadas neste sentido, são apenas perfumaria, que pouco ou nada acrescentam à cultura organizacional. Um trabalho consistente pode ser feito não com os olhos voltados para o passado, mas sim perspectivando e construindo o futuro a partir dos alicerces do passado e das necessidades do presente.

Os produtos de um Projeto de Memória Institucional devem ser compreendidos, como um meio eficaz para a manutenção da informação com vistas à gestão organizacional. Pode servir, sim, à pesquisa para produção de conhecimento, inovação e tomadas de decisões estratégicas e, quanto maior o seu alcance, mais decisivo o seu papel na construção, e definição, de uma Identidade Institucional e sua inserção na sociedade.
Decidir o quê perpetuar e o quê esquecer estão intimamente relacionados à ideia de construção de uma Identidade. Isso vale para os casos individuais, mas vale também para as Instituições.

É a partir destas estratégias de movimentos entre esquecer e lembrar que as instituições irão construindo a Identidade que querem perpetuar e expor.
E também, é sempre bom que se diga: esta Memória constitui-se e reconstitui-se a partir de necessidades presentes. O momento presente coloca demandas e perguntas que buscarão respostas em um passado filtrado a partir do presente. As memórias emergirão a partir daí.
Da mesma forma, a partir do conjunto formado por instalações, máquinas, equipamentos, pessoas e missões que uma Instituição se firma e se põe e, impõe ao mercado, aos funcionários e a toda à sociedade. Este conjunto é considerado Patrimônio Institucional. E as pessoas em seu interior são seu Capital Intelectual.

Portanto, um Projeto de Memória Institucional visa fixar, divulgar e preservar a História de uma instituição ao mesmo tempo em que reúne, organiza e disponibiliza fontes e informações contidas em seus documentos, armazenados em diferentes suportes (fotografias, filmes, áudios, textos).

Reforço a noção de que a Memória Institucional não pretende ser a reconstituição de algo que não existe mais, mas o seu contrário: pretende ser a identidade do que o tempo e a experiência de todos trouxeram à Instituição.
Neste sentido, quando falamos em Memória Institucional estamos falando de um conjunto de experiências que, reunidas, dão a dimensão e os contornos de uma instituição no tempo e no espaço.
É a História, que é viva se constituindo.
Por isso, todos são tão importantes e contam tanto!
Seja generoso em partilhar e compartilhar suas memórias quando solicitado, ajudando a fortalecer os caminhos de identidade de sua instituição.

A quem serve um Projeto de Memória Institucional?
A todas as instituições que, além de possuir um acervo documental de referência e memória, reconheçam seu potencial de fortalecer a identidade institucional, valorizar o capital intelectual e consolidar a cultura organizacional.

Ações de um Projeto de Memória Institucional e como a ER Consultoria pode auxiliá-lo:

  • Definir qual caminho seguir
  • Como pensar em um Projeto de Memória Institucional?
  • Como ir além da simples “perfumaria”?
  • Como utilizar as metodologias de Storytelling e História Oral?
  • Como através de um Projeto de Memória divulgar e fortalecer a imagem corporativa/institucional?
  • De que forma o Projeto de Memória Institucional pode valorizar o capital intelectual, gerando Conhecimento e Inovação?

Minha experiência me dá condições para analisar e propor soluções compatíveis com as suas necessidades. Além de poder orientar e capacitar colaboradores, in company e on line.
Muitas destas perguntas poderão ser respondidas.

Entre em contato pela nossa página, pelo e-mail ou pelo telefone (55.11) 4215-1924 para elaborarmos um Projeto totalmente customizado de acordo com as demandas de sua instituição.

Veja nosso Portfólio de Cases e o que nossos clientes tem a dizer.

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